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Bom Ano de 2025!

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Caros amigos, Ao fazer o balanço deste ano de 2024 que agora termina, não posso deixar de sentir uma profunda gratidão pelo caminho percorrido. Foi um ano surpreendente em tantos aspectos! Encontro-me hoje num lugar que, em janeiro passado, nem sequer estava nos meus objetivos. As mudanças pessoais que experimentei transformaram-me de formas que ainda estou a descobrir, e cada passo dado, mesmo os mais desafiantes, contribuiu para o meu crescimento. A vida tem dessas surpresas: coloca-nos exactamente onde precisamos estar, mesmo quando o destino nos parece inicialmente improvável. Olhando para trás, vejo como cada decisão, cada momento de dúvida e cada conquista me trouxeram até aqui, num lugar que agora reconheço como sendo exactamente onde deveria estar. No que diz respeito à minha área profissional, a educação, confesso que os sentimentos são mistos. A grande expectativa com que iniciei o ano vai dando lugar a um certo ceticismo, fruto da morosidade das mudanças que todo...

É de bradar aos céus!

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  Usam causas nobres como trampolim, pisam em quem luta de verdade e ainda se acham os donos da razão! Onde está a dignidade? A coerência? Fomos criticados por alertar para o oportunismo, mas a máscara caiu. O STOP, a escola pública... tudo moeda de troca para egos inflados. E o pior? Tem gente que aplaude esta farsa! Manipulam, descartam, usam pessoas como degraus. E ninguém se indigna? Aceitam ser massa de manobra, fantoches nas mãos de quem só quer poder. Ex-S.T.O.P.

Professores: O Grito Silencioso por Salários Dignos

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  O Governo tem demonstrado uma vontade louvável em resolver o problema da falta de professores, nomeadamente através da recuperação do tempo de serviço. No entanto, esta medida, apesar de positiva, não é suficiente para tornar a carreira docente atrativa e combater a crescente carência de profissionais. É crucial que o Governo vá mais longe e implemente um aumento salarial significativo e imediato para os professores, à semelhança do que foi feito para outras classes profissionais, como médicos e enfermeiros. Recentemente, observámos aumentos salariais consideráveis em outras áreas da função pública. Os enfermeiros, por exemplo, conseguiram um aumento de pelo menos 300 euros até 2027, com um aumento imediato de 150 euros com efeitos retroativos a 1 de novembro. Os médicos, por sua vez, reivindicam um aumento de 15% até 2027, tendo a Ministra da Saúde inicialmente proposto 5%. Em contraste, os professores receberam apenas o aumento geral de 56,58 euros para os trabalhadores da ...

Construção de um Ambiente Escolar Positivo

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  As escolas são muito mais do que simples locais de transmissão de conhecimento. São microcosmos da sociedade, onde alunos, professores, funcionários e pais interagem, aprendem e crescem juntos. A procura por um ambiente escolar positivo, onde todos se sintam valorizados, motivados e felizes, tem sido um tema central nas discussões sobre educação. Neste contexto, a combinação de conceitos como Escolas Aprendentes de Peter Senge, Felicidade e Bem-Estar, os pilares da Unesco e Liderança Transformacional surge como um farol a guiar a construção de uma organização escolar prazerosa, eficaz e transformadora. O conceito de Escolas Aprendentes, proposto por Peter Senge, vai além da mera aquisição de informações. Ele defende a criação de uma cultura de aprendizagem contínua e profunda, onde todos os membros da comunidade escolar - alunos, professores, diretores, funcionários - são encorajados a aprender e a desenvolverem-se constantemente. Imagine uma escola onde os professores particip...

Ainda podemos fugir do ensino público para o ensino privado? - Paula Costa Gomes

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Recorrentemente, ouve-se que o descalabro e a falta de aulas, alegadamente agravada pelas sucessivas greves que se verificam na escola pública, prejudica os mais pobres e beneficia os mais ricos, que podem recorrer ao ensino privado. De facto, no ensino privado (e no privado englobamos o ensino particular, cooperativo e social) não se verificam nem greves nem alunos sem professores. Por isso, também se ouve com alguma frequência que muitos pais, com maior ou menor esforço financeiro, fazem essa opção. A pergunta que se segue é: Por quanto tempo mais poderão continuar a fazê-lo? Analisemos alguns dados relativamente ao ensino privado, no que aos professores se refere. A educação pré-escolar e o 1º ciclo do ensino básico têm, de longe, o maior peso a nível do ensino privado, sendo sensivelmente 10.000 docentes, segundo os dados da Educação em Números 2024. Os 2º, 3º ciclos e secundário juntos são constituídos por 8.800 docentes. Estabelecido o peso da educação pré-escolar e 1...

Portugal: Um País de Analfabetos Funcionais?

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A universidade portuguesa atravessa hoje um momento crítico de autossuficiência intelectual que progressivamente a afasta da verdadeira essência do conhecimento: a ligação com o mundo real. Transformou-se num ecossistema hermético onde teorias abstratas são perpetuadas por gerações de académicos que raramente transpuseram os muros institucionais. O sociólogo francês Pierre Bourdieu já denunciava como as instituições educativas funcionam como máquinas de perpetuação de estruturas sociais dominantes. Neste contexto, a universidade não seria um espaço de democratização do conhecimento, mas um mecanismo de reprodução de hierarquias intelectuais desconectadas da realidade social. O estudo da OCDE revela uma situação preocupante em Portugal, onde cerca de 40% dos adultos apenas conseguem compreender textos simples e realizar operações aritméticas básicas. Numa avaliação comparativa entre 31 países, os portugueses ficaram quase no último lugar em literacia, numeracia e resolução d...

Presos na Teia da Burocracia: Um Olhar sobre a Realidade Docente em Portugal

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  Há dias, tive uma conversa reveladora com uma professora. O seu desabafo sobre a burocracia excessiva que enfrenta no dia a dia, e o impacto negativo que esta tem no seu trabalho e na aprendizagem dos alunos, abriu-me os olhos para uma realidade preocupante no nosso sistema educativo. Tudo começou com um desabafo sobre a papelada que tinha em mãos: uma pilha de documentos relacionados com o DL 54/2018 e as medidas universais. Imaginem: 91 itens para preencher por cada aluno, num universo de alubos  de 200! Uma autêntica loucura. E o pior é que, mesmo quando tentamos simplificar nas escolas, há sempre alguém de cima a pedir mais um relatório, mais uma grelha, mais uma estatística. Segundo ela, grande parte do seu tempo é gasto a preencher formulários, relatórios e grelhas, muitos deles com informações repetidas ou de questionável utilidade. Este excesso de burocracia impede-a de se concentrar no que realmente importa: o acompanhamento individualizado de cada aluno, a prepa...