Recorrentemente, ouve-se que o descalabro e a falta de aulas, alegadamente agravada pelas sucessivas greves que se verificam na escola pública, prejudica os mais pobres e beneficia os mais ricos, que podem recorrer ao ensino privado. De facto, no ensino privado (e no privado englobamos o ensino particular, cooperativo e social) não se verificam nem greves nem alunos sem professores. Por isso, também se ouve com alguma frequência que muitos pais, com maior ou menor esforço financeiro, fazem essa opção. A pergunta que se segue é: Por quanto tempo mais poderão continuar a fazê-lo? Analisemos alguns dados relativamente ao ensino privado, no que aos professores se refere. A educação pré-escolar e o 1º ciclo do ensino básico têm, de longe, o maior peso a nível do ensino privado, sendo sensivelmente 10.000 docentes, segundo os dados da Educação em Números 2024. Os 2º, 3º ciclos e secundário juntos são constituídos por 8.800 docentes. Estabelecido o peso da educação pré-escolar e 1...
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