A Nova Inquisição: O Wokismo e a Caça às Bruxas do Século XXI


 

Vivemos tempos conturbados onde, sob a bandeira do progressismo "woke", assistimos a uma sistemática tentativa de desconstrução dos pilares fundamentais da nossa sociedade. Como observador atento das transformações sociais das últimas décadas, não posso deixar de manifestar preocupação com a forma como o movimento "woke" tem alterado o tecido social.

A ascensão do "wokismo" no Ocidente não surge do nada. É um movimento organizado e sistemático que se infiltrou estrategicamente nas instituições académicas, nos media e, mais preocupante ainda, no sistema educativo. Onde antes tínhamos debate genuíno, hoje temos a imposição de uma ortodoxia "woke".  Onde antes existia diálogo aberto, hoje encontramos uma cultura de cancelamento contra qualquer voz dissidente.

Os dados são claros e preocupantes. As estatísticas demográficas europeias mostram-nos famílias cada vez mais fragmentadas, uma queda acentuada da natalidade e um crescente sentimento de alienação entre os jovens, coincidindo com a ascensão da ideologia "woke" que questiona sistematicamente as estruturas sociais tradicionais que serviram de bússola moral às gerações anteriores.

Particularmente inquietante é a forma como o "wokismo" penetrou o sistema educativo. Sob o pretexto de "justiça social" e "inclusão", assistimos à introdução de conceitos como teoria crítica da raça, identidade de género fluida e interseccionalidade em idades cada vez mais precoces. As crianças, que deveriam estar a aprender as bases fundamentais do conhecimento, são expostas a teorias sociais complexas que frequentemente contradizem os valores familiares tradicionais.

Os estudos sociológicos pré-movimento "woke" demonstram como as estruturas familiares tradicionais providenciaram estabilidade e suporte social durante gerações. A atual fragmentação social, documentada por diversos investigadores, correlaciona-se diretamente com a ascensão de ideologias que questionam estes fundamentos tradicionais em nome do progressismo.

Mais preocupante ainda é a forma como o movimento "woke" lida com o dissenso. Quem ousa questionar esta nova ortodoxia enfrenta não apenas críticas - que seriam legítimas num debate saudável - mas campanhas de cancelamento, acusações de "discurso de ódio" e tentativas de destruição profissional e social. A ironia de um movimento que apregoa a inclusão mas pratica a exclusão sistemática de vozes divergentes não poderia ser mais evidente.

São vários os estudos sobre polarização social que nos alertam para o perigo de sociedades dominadas pela mentalidade "woke", onde o diálogo construtivo é substituído por acusações de preconceito e privilégio. É precisamente isto que observamos: uma imposição unilateral de visões do mundo que rotula qualquer discordância como "fobia" ou "ismo".

No entanto, há sinais de esperança. Um número crescente de vozes começa a erguer-se contra a hegemonia "woke". Pais organizam-se para defender o seu direito de educar os filhos sem doutrinação ideológica. Académicos corajosos desafiam a ortodoxia dominante nas universidades. Jornalistas e comentadores começam a questionar as premissas fundamentais do "wokismo".

É fundamental compreender que não se trata de negar a importância da igualdade ou justiça social, mas sim de questionar a abordagem divisiva e autoritária do movimento "woke". Trata-se de defender o direito a um debate equilibrado e honesto sobre o futuro da nossa sociedade, sem rótulos redutores ou acusações de preconceito.

O caminho em frente não passa pela imposição da ideologia "woke", mas sim pelo regresso ao diálogo verdadeiro, ao respeito mútuo e à valorização das instituições e valores que provaram o seu valor ao longo de gerações. Só assim poderemos construir uma sociedade verdadeiramente inclusiva, que respeite tanto a tradição como a mudança, que permita o verdadeiro debate de ideias e que não sacrifique a verdade no altar do "progressismo woke".

É hora de quebrar o silêncio imposto pela cultura "woke" e iniciar um debate honesto sobre o futuro que queremos para a nossa sociedade. As próximas gerações agradecer-nos-ão por termos tido a coragem de resistir à ortodoxia "woke" e defender aquilo em que acreditamos.

 

Comentários

  1. A ignorância não necessita de ser publicamente demonstrada. O autor não consegue explicar o que é woke. Muito menos conseguirá estabelecer que existe um movimento woke. Mas mais ridículo que tudo é procurar defender que ele é hegemónico.

    Apenas vergonha alheia relativamente a uma sucessão de palavras que não pode ser chamada de texto.

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  2. Pelo contrario. Foi um texto muito bom e elucidativo. Que só quem nao quer ver, nao vê. Ha muito tipo de cegueira.

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